Pagu

Em 1982, quando Pagu: vida-obra foi lan?ado pela editora Brasiliense, quase nada se sabia sobre essa importante personagem do modernismo no Brasil. Al?m das fotografias que documentavam sua estonteante beleza e da aura de esc?ndalo proporcionada pela participa??o na ruidosa ?segunda denti??o? do movimento antropof?gico (amplificada por seu tumultuado relacionamento com Oswald de Andrade), pouca coisa restava de Pagu. Seus artigos na imprensa estavam dispersos em jornais extintos; seus livros, ainda in?ditos ou j? esgotados; a hist?ria de sua milit?ncia pol?tica, apagada. No entanto, o poeta e estudioso da hist?ria do modernismo Augusto de Campos surpreendeu os meios liter?rios ao realizar nesta antologia sui generis o mais completo e ambicioso resgate da produ??o art?stica, liter?ria e jornal?stica da autora de Parque industrial. Desde seu lan?amento uma refer?ncia incontorn?vel sobre Pagu, e h? muito esgotado, o livro ressurge em edi??o revista e ampliada, que inclui novos textos, dezenas de ilustra??es e fotografias. Este ?biolivro?, como o define Campos, abarca os momentos mais importantes da trajet?ria de Patr?cia, uma vida-obra repleta de acontecimentos e trabalhos memor?veis. O alistamento nas fileiras da vanguarda modernista, o curto casamento com Oswald, a viagem ao redor do mundo em 1933, a milit?ncia comunista e os anos de cadeia servem de pr?logo ? segunda parte da vida-obra de Pagu, a partir dos anos 1940, marcada por uma intensa colabora??o com jornais e pela atua??o teatral, sempre em prol das vanguardas. O retrato multifacetado da figura que emerge deste roteiro biobibliogr?fico permite inclu?-la em p? de igualdade numa seleta galeria de mulheres do alto modernismo mundial.